Para quem abriu as revistas ou ao menos deu uma olhada nas
principais manchetes de publicações especializadas em música nos anos de 2007 e
2008, Amy Winehouse com certeza dispensa maiores apresentações. A cantora,
desde que surgiu na mídia foi destaque invariavelmente por duas de suas
principais características: talento e irresponsabilidade.
Aos 16 anos, um amigo de escola de Amy – o cantor pop
britânico Tyler James – mostrou a fita demo da incipiente artista a um caçador
de talentos de sua gravadora, que na ocasião procurava por uma cantora de jazz.
O contato lhe rendeu a assinatura de um contrato com a Island Records,
gravadora que lançaria em 2003 seu primeiro álbum: Frank. O disco já anunciava
um grande talento que surgia e demonstrava suas influências até então: uma
mistura de jazz e R&B, com letras irreverentes, desbocadas, repletas de
sentimentos pessoais e um tanto depressivas. Amy cantava basicamente sobre
relacionamentos de forma ácida e com uma voz potente e estridente que viria a
ser sua marca registrada.
A artista despertou atenção do público quando ganhou uma
indicação para o Mercury Music Prize e para duas categorias do BRIT Awards,
além de faturar o troféu Ivor Novello de Melhor canção Contemporânea pelo
single 'Stronger Than Me'. Junto com o êxito veio a fama, e a imprensa
descobriu que Amy era uma excelente fonte de manchetes. Seus hábitos boêmios e
etílicos começaram a disputar espaço na mídia com seu talento, e seus
escândalos passaram a fazer parte do noticiário musical britânico com certa
freqüência.
Tais hábitos levaram os empresários da gravadora a
recomendarem à cantora que se internasse numa clínica de reabilitação para
dependentes de álcool e drogas. A resposta, como o mundo inteiro sabe, foi
“não, não, não”. A história virou refrão e o sucesso foi estrondoso. 'Rehab'
foi o primeiro single de seu segundo álbum, Back to Black, de 2006. O disco foi
a chave de entrada para os Estados Unidos. Com a ajuda do vídeo-clipe de
'Rehab' já sendo exibido nas MTVs, o álbum estreou em sétimo lugar na Billboard.
A música já era um aperitivo para o restante do disco: ao lado das decepções
amorosas, o abuso de álcool e das drogas seriam os ingredientes do coquetel
fulminante que a cantora servia ao público. Se para a audiência Winehouse era
embriagante, a imprensa fazia questão de um ingrediente a mais: sua intimidade.
Em 2007 Back to Black foi o disco mais vendido no Reino
Unido, atingindo também o topo das paradas de diversos países. No ano seguinte
ela ainda faturou cinco estatuetas na principal premiação anual da indústria
fonográfica norte-americana, o Grammy Awards. Ela levou os troféus de Melhor
Álbum Pop Vocal, Melhor Performance Vocal Pop Feminina, Artista Revelação,
Música do Ano ('Rehab') e Gravação do Ano ('Rehab'). Amy ainda foi capa de
diversas publicações especializadas em música, como as revistas Rolling Stone e
Spin.
Se vida pessoal da cantora já era um dos temas favoritos dos
tablóides, com a fama internacional, esta passou a ser obsessão. Fotógrafos e
jornalistas passaram a perseguir a cantora onde quer que ela fosse. E o
relacionamento turbulento de Amy com seu então marido Blake Fielder-Civil
passou a ser de conhecimento público.
Descrito pela imprensa como um encrenqueiro do nível de sua
esposa, Blake acabou sendo preso em julho de 2007 por agressão a um barman e a
vida da cantora ficou em frangalhos. Seu estado psicológico e físico, já
abalados por excessos e crises maníaco-depressivas, ficou ainda mais
fragilizado. No ano de 2008 sua rotina se resumia a faltar a seus próprios
shows e entrar e sair de clínicas de recuperação, hospitais e, claro, bares e
pubs. No mesmo ano ela foi diagnosticada com enfisema pulmonar e bulimia. Em
novembro de 2008 o jornal britânico News of the World revelava que seu casamento enfim acabara.
Os dotes musicais a consagraram como uma das grandes
cantoras da década e seu temperamento auto-destrutivo a ajudou a conquistar o
status de fenômeno de popularidade. Embora seja alvo freqüente de críticas e
chacotas e tenha sua intimidade escancarada aos olhos do mundo, Amy Winehouse
parece não se incomodar muito. Talvez pela certeza de ser maior do que tudo
isso ou por uma mórbida e sagaz consciência de que esse fato lhe renda cada vez
mais espaço na mídia. De qualquer forma ela é uma unanimidade: sucesso de
público e crítica.
Não deixe se levar por tudo que a mídia TV publica pois para eles o que importa é apenas o ibope enquanto estiver audiência eles estão apontado apenas os aspectos negativos de um artista (exceto a Globo) e esquecem o que realmente importa na vida de um artista, e como qualquer outro Amy também teve seus momentos de gloria.
Não deixe se levar por tudo que a mídia TV publica pois para eles o que importa é apenas o ibope enquanto estiver audiência eles estão apontado apenas os aspectos negativos de um artista (exceto a Globo) e esquecem o que realmente importa na vida de um artista, e como qualquer outro Amy também teve seus momentos de gloria.
Por Douglas Miura
Nota: Este blog não tem fins lucrativos, e todo seu conteúdo esta hospedado no site da Antena1. quem tem seus direitos reservados
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